Domínio de Broadcast

1. Definição do domínio de Broadcast

Nas redes Ethernet, algumas mensagens são destinadas a todos os dispositivos. Elas são chamadas de broadcasts.

Mas até onde uma mensagem de transmissão pode ir?

Isso depende do domínio de broadcast, a parte da rede em que um quadro de broadcast pode ser recebido por outros dispositivos.

Vamos dar um exemplo simples:

Diagrama que ilustra a definição do domínio de broadcast com o PC1 enviando um quadro de broadcast por meio dos switches SW1, SW2 e SW3, atingindo o PC2 e o PC3.

O PC1 envia uma solicitação ARP, que é um tipo de mensagem de difusão usada para localizar o endereço MAC de outro host. O quadro é enviado com o endereço MAC de destino FF:FF:FF:FF:FF:FF:FF:FF, que significa “para todos os dispositivos da rede local”.

Como apenas os switches estão envolvidos, o quadro é encaminhado para fora de todas as portas, exceto aquela em que foi recebido.

Como resultado, a mensagem de difusão alcança todos os dispositivos conectados, mesmo aqueles localizados atrás de outros switches.
Todos esses dispositivos fazem parte do mesmo domínio de broadcast.

2. Domínio de Broadcast com switches

Os switches operam na Camada 2 e não criam limites para o tráfego de broadcast.
Esse comportamento é fundamental para a definição do domínio de broadcast, pois os switches estendem o domínio de broadcast a todas as portas conectadas.

Diagrama mostrando um domínio de broadcast estendido por vários switches (SW1, SW2, SW3) conectando PC1, PC2 e PC3.

Sempre que um switch recebe um quadro de difusão, ele o encaminha para fora de todas as outras interfaces.

Esse comportamento continua de switch para switch, permitindo que a mensagem de difusão chegue a todos os dispositivos da rede.

3. Roteadores quebram domínios de broadcast

Ao contrário dos switches, os roteadores interrompem o tráfego de broadcast por padrão.

Os roteadores operam na Camada 3.

Sempre que um quadro de difusão chega a uma interface de roteador, ele não é encaminhado para outras interfaces.

Diagrama de rede mostrando como um roteador (R1) bloqueia uma mensagem de broadcast enviada pelo PC1, impedindo que ela chegue ao PC2 e ao PC3, criando assim domínios de broadcast separados.

O PC1 envia um quadro de difusão. R1 o recebe, mas não o encaminha para nenhuma outra rede.

Como resultado, o PC2 e o PC3 nunca recebem a mensagem.

Cada interface de roteador marca o limite de um domínio de broadcast separado.

4. Vários domínios de broadcast com um roteador

Agora vamos dar uma olhada no quadro completo.

Cada interface de roteador cria um limite.
Cada segmento conectado se torna seu próprio domínio de broadcast.

Diagrama de rede mostrando três domínios de broadcast separados criados por um roteador (R1), cada um conectado a diferentes switches e dispositivos: PC1 no Broadcast Domain 1, PC2 no Domain 2 e PC3 no Domain 3.

Mesmo que todos os dispositivos estejam conectados por meio de switches, o roteador garante que cada segmento de rede esteja isolado dos demais quando se trata de tráfego de broadcast.

5. Criação de domínios de broadcast separados

Até agora, vimos que os roteadores quebram os domínios de broadcast por padrão.
Mas você sabia que os switches também podem fazer isso?

É aí que entram as VLANs (LANs virtuais).

Uma VLAN nos permite dividir logicamente um único switch físico em vários domínios de transmissão virtuais.

Switch SW1 com duas VLANs. A VLAN 1 e a VLAN 2 criam domínios de broadcast separados no mesmo switch.

Agora que você entende a definição de domínio de broadcast e como ela se aplica a switches e roteadores, está pronto para dar o próximo passo.

Na lição a seguir, vamos nos aprofundar no que são VLANs, como elas funcionam e por que são essenciais para a segmentação da rede.